segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Perco-me, aos domingos

Não sei como há quem não goste dos domingos. Acalmam-me, regeneram-me, fortalecem-me. Abro o vinho e converso sem relógio. Passo mais tempo no banho. Bebo o café sem me queimar a língua. Leio com mais pausas. Ouço melhor a música. Não ligo a televisão. Apanho boleia do vento. Vejo melhor a minha sombra. Areja-me a semana. O dia cresce. Perco-me, aos domingos. E sabe-me tão bem.